12 de setembro de 2009

Cresce contratação de trabalhadores com nível superior em São Paulo

Cresce contratação de trabalhadores com nível superior em São Paulo

O Observatório do Emprego e do Trabalho - indicador da Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (SERT) sobre o mercado - indica saldo positivo de 52.811 novos postos formais no estado em julho deste ano.

O número é superior aos registrados nos dois meses anteriores (44 mil em maio e 27 mil em junho).


“O perfil da variação do emprego em julho indica que cresceu a participação de trabalhadores com nível superior”, conclui o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.

O saldo de pessoas admitidas com ensino superior completo foi de 2.352 vagas. Em junho ficou negativo em 1.469.


O professor Hélio Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP), observa que em julho do ano passado o saldo foi de 64.065 vagas, número maior do que o alcançado no mesmo período de 2009. “Estamos criando hoje 82% do que gerávamos há um ano”.


Em julho foram observados três padrões de municípios: os que têm mercados de trabalho vinculados às atividades agrícolas e pecuárias; os que apresentam tendência de queda no emprego na Indústria de Transformação; e os que registram variação no comportamento dos setores da economia local - com algumas áreas demitindo e outras contratando trabalhadores.


Pirassununga é um exemplo de município cuja economia está concentrada no agronegócio.

Em julho o balanço na cidade foi positivo em 2.005 vagas e o setor Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aqüicultura respondeu, sozinho, por 2.058 contratações.


O segundo padrão pode ser representado por Andradina, onde o balanço foi negativo em 571 vagas. Na Indústria de Transformação foram fechados 548 postos.


Ribeirão Preto é exemplo do terceiro padrão de município. Foram criadas 1.040 vagas e os setores Construção (+289), Comércio (+347) e Educação (+200) foram responsáveis por 80% deste saldo.


Regiões e setores


São Paulo - que concentra 30% do emprego formal de todo o país - foi responsável pela criação de 38% dos novos postos de trabalho em julho.


A Região Metropolitana da Capital apresentou o melhor resultado, com 20.094 vagas. Em seguida estão as regiões de Campinas (+11.571), Central (Araraquara/São Carlos, com +7.283) e Barretos (+6.838).


Considerando o trimestre terminado em julho, o aumento no emprego foi de 124.934 vagas. Há um ano, no período de maio a julho de 2008, o crescimento foi de 242.525.


Em julho houve perda de empregos nas seguintes atividades: Educação (-1.549), Informação e Comunicação (-697), Indústria de Transformação (-516) e Administração Pública, Defesa e Seguridade Social (-71). Mas essa queda foi compensada pelo crescimento dos demais 18 setores – com destaque para Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (+22.664), Comércio (+10.784) e Construção (+9.287).


O Observatório contém informações sobre o mercado de trabalho do estado, das Regiões Administrativas e dos 645 municípios.

Os dados podem ser acessados no site www.observatorio.sp.gov.br .

A ferramenta é atualizada mensalmente e disponibiliza Variação no emprego segundo a Região Administrativa, Variação no emprego segundo o Ramo de Atividade, Salário médio real dos admitidos, Pressão Salarial, Rotatividade da mão de obra, Análise ocupacional do mercado de trabalho, Perfil dos Admitidos e Desligados e Informalidade.

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