A zona de conforto pode ser
sedutora, irresistível, “familiar” e desastrosa. Pode ser definida como a nossa
tendência a fazer o que é fácil, cômodo e conhecido, sem intenção de
interromper ciclos viciosos e improdutivos ou de começar algo novo ou desafiador,
que demande autodisciplina, motivação e comprometimento e que cause dispêndio
extra de energia e nos tire da inércia.
A origem da palavra conforto
vem do latim, cumfortare, e significa aliviar a dor ou a fadiga. Está associado
a “um estado prazeroso de harmonia fisiológica, física e psicológica entre o
ser humano e o ambiente”. É a nossa tendência de evitar os medos, a ansiedade
ou algum tipo de desgaste. Tendemos a ficar num território onde podemos
predizer e controlar os acontecimentos. Que pode garantir um desempenho
constante, porém limitado e com uma pseudo sensação de segurança.
As causas mais frequentes que
nos fazem ficar na zona de conforto são:
· Preguiça: Quando o indivíduo
sente cansaço, falta de energia, apatia, desinteresse, depressão, ansiedade,
culpa, desmotivação ou tudo ao mesmo tempo…
· Soberba: Quando ele não
sente necessidade de aprender nada ou de aprimorar-se, por achar-se pronto,
“brilhante” e perfeito (“síndrome do copo cheio”).
· Medo: Quando tem receio de
enfrentar os próprios medos: medo do desconhecido, dos riscos, das incertezas,
do que pode acontecer, de perder controle ou do que os outros possam pensar.
· Miopia: Quando não se têm
claros os impactos e as consequências de algumas atitudes e comportamentos em
nossas vidas, no médio e longo prazos.
E quais as consequências de
ficarmos neste estado letárgico, reativo e confortável? Várias…
Desperdício do próprio
talento: que é um processo de auto sabotagem
Apesar da pessoa ter muito
potencial, não consegue otimizá-lo nem transformá-lo em performance (como uma
mina de diamantes lacrada, inexplorada e improdutiva).
· Impactos negativos na
carreira, na imagem e na empregabilidade: ao invés da pessoa ter uma carreira
ascendente e bem-sucedida, fica estagnada ou até involui profissionalmente.
· Pode acarretar prejuízos à
saúde (sedentarismo, obesidade ou dependência química), ao intelecto (perda de
memória, de raciocínio e de agilidade mental), à psique (imaturidade,
dependência, insegurança e áreas cegas) e à dimensão espiritual (falta de
altruísmo, de senso de propósito e da capacidade de ajudar as outras pessoas).
· Pode fazer com que
invistamos pouco no nosso autodesenvolvimento, que está ligado a aprender, a
mudar nossos comportamentos, a evoluir e a buscar nosso sucesso.
Para finalizar, algumas dicas
para não ficarmos na nossa zona de conforto e sermos pessoas realizadas,
equilibradas e bem-sucedidas:
· Sonhem grande!
· Sejam muito competentes e
comprometidos em tudo que fizerem.
· Sejam muito curiosos, nunca
parem de estudar e aproveitem ao máximo os cursos que fizerem;
· Leiam MUITO;
· Façam intercâmbio no
exterior (trabalho ou estudo);
· Façam parte de alguma
entidade na sua área/ faculdade/ sociedade;
· Fiquem completamente
fluentes em inglês e espanhol;
· Preocupem-se com a imagem
que projetam para os chefes, clientes, fornecedores, colegas, professores, etc;
· Pratiquem esportes
coletivos/ aventura;
· Façam trabalhos voluntários;
· Administrem seu tempo e sua
energia com sabedoria (prazer + dever);
· Tenham lazer muito saudável
e gratificante.
Autora: Sandra Betti é
sócia-diretora da consultoria MBA Empresarial, especialista em Assessment
Center, Identificação de Talentos, Desenvolvimento Gerencial e Team Building.
Tags: Motivação ,Zona de
Conforto
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